Em março, e-commerce cresce 11,3% no comparativo com o mês anterior e registra avanço em quase todos os setores
Com o comércio eletrônico novamente aquecido, o mês de março recupera o otimismo do e-commerce e atinge números muito positivos. No Ranking de maiores sites, dança das cadeiras desbanca alguns gigantes.

No mês de Março, o e-commerce brasileiro cresceu 11,3%. Em comparação com a queda de 14% em fevereiro, os números se mostram muito positivos. Só no mês passado, o comércio eletrônico nacional registrou 1,68 bilhão de visitas, somando 20,60 bilhões no último ano.
Todos os setores analisados cresceram no comparativo mensal, exceto o setor de Calçados, que sofreu uma pequena retração de -1,26%. Entre os destaques de maior crescimento estão Presentes & Flores (+22,46%), Infantil (+21,24%), Turismo (+20,33%), Cosméticos (+18,7%) e Importados (+14,25%) no TOP 5.
Mantendo a tendência de recuperação, o setor de Turismo, inclusive, se destaca como o setor que mais cresceu nos últimos 12 meses, protagonizando um cenário otimista pós-pandemia.
No Ranking dos 30 maiores sites do Brasil houve dança das cadeiras: enquanto Shoptime e Submarino caíram, respectivamente, 10 e 7 posições, indo para as posições 26ª e 27ª da lista, outros players roubaram a cena.
A Renner, do setor de Moda & Acessórios, subiu 9 posições no ranking geral e chegou ao primeiro lugar na sua categoria, desbancando a Dafiti. No setor de Turismo, a 123 Milhas subiu 8 posições, chegando a TOP 10 nacional e liderando sua categoria, tirando Hurb do topo.
A Shein, que vem mostrando um crescimento vertiginoso para o setor de Importados nos últimos meses, finalmente chegou ao ranking geral e ocupa, hoje, a 29ª posição.
A lista dos 10 maiores sites, em março, ficou assim: 1. Mercado Livre, 2. Americanas, 3. Amazon Brasil, 4. Magalu, 5. Shopee, 6. Casas Bahia, 7. AliExpress, 8. Netshoes, 9. Samsung e 10. 123 Milhas.
Os dados são do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO), que traz as principais análises sobre o cenário do comércio eletrônico brasileiro todos os meses.
De acordo com o relatório, ainda, os canais preferidos pelos usuários para chegar às lojas são “direto” (quando ele digita o endereço da loja e representa 44,6% dos acessos), busca orgânica do Google (26,7%) e busca paga (18,8%). Tráfego de redes sociais representa 3,2%.
Busca orgânica segue sendo o canal de tráfego mais importante.
A busca orgânica, também conhecida como SEO (Search Engine Optimization), continua sendo o principal canal de tráfego para o e-commerce brasileiro depois dos acessos diretos, somando 26,7% do total de visitas.
A importância deste canal pode, ainda, ser potencializada quando aliada ao uso do tráfego pago, que sozinho representa 18,7% das visitas.
Ranking dos 10 maiores e-commerces do Brasil
O Relatório Setores do E-commerce no Brasil apresenta, mensalmente, o ranking dos principais e-commerces do país. Esse ranking está dividido em um geral e outro para cada uma das 18 categorias. No geral, a lista é composta de 1. Mercado Livre (30%), 2. Americanas.com (16%), 3. Amazon Brasil (11%), 4. Magazine Luiza (11%) e 5. Shopee (9%). O percentual se refere apenas aos 10 principais players e representa a audiência desses sites.
Também disponibilizamos a lista dos maiores e-commerce de importados em nosso guia de e-commerce cross-border.
Share of Search e as marcas com maior participação de mercado (market share)
A métrica do Share of Search é a parcela de busca de uma marca dentro da categoria de consumo em que ela atua. A fórmula para calcular o Share of Search é dividir o volume de buscas por uma marca pelo volume total de buscas de todas as marcas daquele segmento. O fato importante sobre ela é que a parcela de buscas é preditiva em relação ao market share, conforme demonstrou estudo de Les Binet.
Em nosso estudo, analisamos o Share of Search de todos os principais setores do e-commerce brasileiro. Analisando esses dados, notamos que muitos setores são dominados por um ou dois players. Exemplo disso é o mercado de Pet, que concentra 81% entre Petz (45%) e Cobasi (36%), ou o de Joias & Relógios, que tem 72% do share em Pandora (31%) e Vivara (41%). Porém, o líder absoluto é a Loja do Mecânico, maior e-commerce de Ferramentas & Acessórios, com 50% do seu segmento.

Apesar de mecanismos de busca serem a fonte de tráfego mais importante, deve haver um complemento entre orgânico e pago

A participação em nosso relatório e rankings é feita a partir do volume estimado de audiência dos sites, conforme metodologia que apresentamos. A audiência, por sua vez, é composta de canais de tráfegos que enviam visitantes para cada e-commerce. A principal forma de entrada é o chamado “tráfego direto”, que é geralmente quando a pessoa digita o endereço da loja.
Logo em seguida, o tráfego de busca orgânica (26,7%) e paga (18,8%) vêm respectivamente na segunda e terceira posição. Podemos dizer que as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais. Inclusive, nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental.
E, acima de tudo, o importante é proporcionar uma excelente experiência do usuário, fazendo com que o seu visitante queira gastar tempo navegando em seu site, garantindo uma probabilidade maior de retorno. Este é, aliás, o princípio do SEO Experience, a nova geração de otimização de sites.
Além de tráfego e boa experiência, é importante ter um mix de produtos robusto em seu nicho, precificação competitiva, frete rápido e ser uma marca amada pelos consumidores. Fácil?
Certamente não, mas a oportunidade está aberta a todos!